sexta-feira, 25 de março de 2011

sábado, 5 de março de 2011

Eu não superei.

Já lutei contra tantas coisas, contra tantos problemas, fortalezas, medos e vontades. Mas existem coisas que eu, simplesmente, parei de lutar e passei a aceitar. Mesmo que doa, mesmo que machuque, mesmo que eu me sinta a maior idiota do mundo, eu parei de lutar. Parei de lutar há muito tempo.

Eu tenho tentado entender o que passa dentro da minha própria cabeça, quero entender como eu consigo aceitar coisas que são, certamente, inaceitáveis a ponto de deixar as coisas acontecerem sem tentar interferir. Essa sou eu, uma idiota teimosa sem um pingo de orgulho. Pra onde foi todo meu orgulho numa hora dessas? Cadê o amor próprio que eu jurava ter? Eu não sei.

Na verdade, eu não sei muitas coisas e, cada vez mais, acredito que por mais que eu caminhe, eu sempre acabo no mesmo lugar. Tenho andado em círculos. Tá mais do que na hora de procurar um novo caminho, de mudar, de achar o amor próprio, de voltar a ter um pouquinho de orgulho, porque uma dose de orgulho não faz mal pra ninguém, bem pelo contrário.

terça-feira, 1 de março de 2011

Pride?


Acredito que ninguém goste de receber críticas, mas, constantemente, somos criticados e percebemos o quão falhos somos. Odeio receber críticas, odeio quando me alertam sobre meus defeitos. Eu sei de todos os meus defeitos e, por mais ridículo que pareça, ás vezes me orgulho deles. Não porque acho bonito, mas porque, dependendo da situação, eles revelam minha personalidade e completam alguma qualidade que eu possuo.

Durante boa parte da minha vida e até hoje, ouço minha mãe me chamar de antipática. Não é um defeito do qual me orgulho, mas é um ponto que nunca procurei tratar. É muito cômodo pra mim ser simpática e amável com quem me convém, mas esse é um ponto forte da minha personalidade, eu não procuro agradar as pessoas, eu espero que me aceitem do jeito que eu sou. Descobri no meu pai um grande defeito meu. A intolerância. Sou intolerante com tantas coisas que até poderia escrever um livro, “As mil coisas que não tolero” seria um bom título. Ser intolerante me faz, sempre, acreditar em mim e lutar pelo que acredito. Uns chamam isso de teimosia, eu chamo de força de vontade.

Me pareceu inaceitável quando uma pessoa muito próxima de mim me chamou de sem coração. Eu pensei dias a respeito disso e percebi o qual sem coração eu realmente era. Mas isso me ajudava muito na época e se a pessoa que me chamou de sem coração também tivesse esse “defeito”, ela teria errado muito menos.

Foi pior ainda quando uma pessoa que significou muito pra mim me chamou de fria. O impacto de saber que eu era fria me deixou sem reação. Porém quando parei pra pensar, eu percebi que fria mesmo era a pessoa. Porque eu tava chorando, me humilhando, mostrando que eu tinha sentimentos enquanto ela menosprezava o que eu sentia e brincava com os meus sentimentos.

Hoje eu percebo que cada um vê o que quer, e eu? Eu sou eu, com meus defeitos, minhas qualidades, meu coração de pedra, minha frieza que uns veem e outros não. Mas eu posso mudar esses meus defeitos amanhã ou depois, enquanto arrogância e mau caráter são coisas que dificilmente se deixa de lado (e coisas que eu não sou, cá entre nós).